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5 conselhos para pais com filhos viciados em jogos online

O mundo digital oferece inúmeras oportunidades de entretenimento, mas o uso excessivo pode levar a consequências sérias no desenvolvimento e bem-estar dos jovens, causando transtornos ou dependências. As apostas online são um exemplo disso, já que estão acessíveis a poucos cliques. 

Por isso, os casos de adolescentes e jovens envolvidos e dependentes já é uma realidade, que cresce a cada dia. E sabemos que descobrir filhos viciados em jogos online é uma situação que nenhum pai ou mãe deseja passar, mas que, na verdade, pode acontecer. 

Se você se encontra nessa situação, é fundamental agir com empatia, compreensão e estratégia. Então, separamos cinco conselhos essenciais para ajudá-lo a apoiar seu filho nesse momento difícil.​ Acompanhe! 

1. Não julgue

Ao perceber que seu filho está passando por dificuldades relacionadas ao excesso de tempo e dinheiro aplicado nos jogos online, é natural que surjam sentimentos de frustração e preocupação. Mas é importante evitar julgamentos precipitados ou críticas severas. Lembre-se de que a dependência é uma condição complexa que pode estar associada a diversos fatores emocionais e psicológicos. 

“Para tentar ajudar, é preciso, primeiro, estabelecer uma comunicação eficaz e isso se faz com empatia e compreensão. Chame o seu filho(a) para uma conversa e procure entender as razões que o levam a passar tanto tempo nos jogos, demonstrando interesse genuíno por seus sentimentos e experiências”; 

Isadora Saldanha, psicóloga 

A psicóloga lembra que nas conversas ou no dia a dia é bom evitar rótulos como “preguiçoso” ou “irresponsável”, pois isso pode levá-lo ao isolamento e resistência. 

2. Acolha 

Para filhos viciados em jogos online, o apoio emocional é fundamental para que eles sintam segurança e compreensão por parte dos pais. Para isso, mostre que você está ao lado dele, disposto a enfrentar essa situação juntos. 

“Demonstrar amor, empatia e compreensão não significa que os pais concordam com o comportamento prejudicial, mas demonstram que eles reconhecem a dificuldade que o filho(a) está enfrentando e estão disponíveis para ajudar”. 

Isadora Saldanha, psicóloga 

Ela orienta os pais a criarem um ambiente onde os filhos se sintam à vontade para expressar suas emoções sem medo de represálias. O acolhimento fortalece o vínculo entre pais e filhos e é essencial para o sucesso de qualquer intervenção e processo de tratamento. 

3. Tenha um diálogo aberto 

Como comentamos no tópico acima, estabelecer uma comunicação aberta em um ambiente seguro, como o familiar, é fundamental para lidar com filhos viciados em jogos online e, juntos, chegarem ao tratamento da doença. 

“Os pais devem iniciar conversas com os filhos em momentos tranquilos, sem distrações, ouvindo atentamente o que ele tem a dizer e evitando interromper ou minimizar seus sentimentos. Perguntas abertas que incentivem a reflexão também são bem-vindas, como por exemplo: “Como você se sente quando está jogando?” ou “O que os jogos representam para você?”. Ao demonstrar esse interesse genuíno, é possível construir um diálogo onde ele se sinta confortável para compartilhar suas dificuldades e buscar soluções junto com a família”. 

Isadora Saldanha, psicóloga  

Além disso, Isadora destaca que a família deve participar ativamente do universo dos filhos, interessando-se pelos seus hobbies e proporcionando momentos de qualidade com outras atividades que os tirem de frente às telas. 

4. Busque ajuda profissional

Além de todo o acolhimento que deve ser realizado em casa, os pais precisam entender que os filhos viciados em jogos online necessitam de intervenção profissional, ou seja, passar por avaliações com psicólogos e psiquiatras especializados em dependências comportamentais, que poderão oferecer o suporte necessário e indicar o tratamento adequado. 

A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é uma das mais importantes partes do tratamento, pois auxilia o indivíduo a identificar e modificar padrões de pensamento e comportamento disfuncionais. Além da TCC, existem grupos de apoio para familiares, que também podem ser uma fonte valiosa de orientação e suporte, permitindo que você compartilhe experiências e estratégias com outras pessoas que enfrentam desafios semelhantes.​ 

Em alguns casos, o médico psiquiatra pode prescrever medicação para complementar as outras áreas de tratamento; o que depende de avaliação individual. 

5. Preste atenção em pequenos sinais

Após iniciar o processo de recuperação com todo o apoio profissional necessário, é importante que os pais estejam atentos a sinais que possam indicar uma recaída. 

“Alterações no humor, isolamento social, queda no desempenho escolar ou profissional e irritabilidade podem ser indicativos de que seu filho está enfrentando dificuldades novamente e, talvez, não esteja conseguindo controlar seus impulsos em apostar online. Estabeleça uma rotina de acompanhamento, mantendo o diálogo aberto e reforçando o apoio emocional. Incentive a participação em atividades alternativas que promovam o bem-estar físico e mental, como esportes, artes ou outras formas de lazer que não envolvam o ambiente digital. Lembre-se de que o processo de recuperação pode ter altos e baixos, e a paciência é fundamental”. 

Isadora Saldanha, psicóloga 

Como pudemos perceber neste post, enfrentar o desafio de lidar com filhos viciados em jogos online requer dedicação, compreensão e, acima de tudo, amor. Mas saiba que ao seguir esses ‘conselhos’, você estará criando um ambiente propício para a recuperação e fortalecendo o vínculo no ambiente familiar. 

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