Embora reconhecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como um transtorno de saúde mental, o vício em apostas ainda carrega um peso de estigmas e preconceitos. Muitas vezes, o jogador compulsivo é visto como alguém “fraco”, “irresponsável” ou “sem autocontrole”.
Essa visão distorcida dificulta a busca por ajuda, atrapalha políticas de prevenção e afasta a sociedade de um debate sério sobre os impactos das apostas no bem-estar coletivo. Neste artigo, vamos entender de onde vem esse estigma, quais as consequências dele e como combatê-lo com informação.
O que é o estigma no vício em apostas?
O estigma é a associação de uma característica a algo negativo ou vergonhoso. No caso das apostas, ele aparece em frases comuns como:
- “Se quisesse, parava quando quisesse.”
- “É só ter disciplina.”
- “Quem joga demais não tem força de vontade.”
Essas falas ignoram que o vício em apostas é um transtorno comportamental, que altera o funcionamento do cérebro e gera compulsão semelhante a dependências químicas.
A diferença em relação a outros tipos de dependência
Quando falamos em dependência de álcool ou drogas, existe maior aceitação da gravidade do problema. Já no vício em apostas, predomina a visão moralizante, como se fosse apenas “falta de caráter” ou “falta de educação financeira”.
Essa diferença de percepção tem efeitos diretos:
- Menos políticas públicas de acolhimento.
- Dificuldade em conseguir apoio familiar.
- Baixa procura por tratamento especializado.
O resultado é que muitas pessoas sofrem em silêncio, com risco aumentado de desenvolver problemas como depressão e até pensamentos suicidas.
Impactos do estigma na busca por ajuda
O preconceito relacionado ao vício em apostas impede que pessoas afetadas busquem apoio. O medo de serem julgadas ou de serem vistas como “fracas” cria barreiras emocionais que atrasam o tratamento.
Além disso, o estigma também prejudica familiares e empresas:
- Famílias muitas vezes escondem o problema, dificultando o diálogo.
- Empresas podem não identificar os sinais, levando a quedas de produtividade e conflitos internos.
- Sociedade tende a culpar o indivíduo, em vez de reconhecer o problema como questão de saúde pública.
Como combater o estigma?
A melhor forma de enfrentar preconceitos é com informação, diálogo e políticas de acolhimento. Algumas estratégias incluem:
1. Educação e conscientização
Campanhas que expliquem que o vício em apostas é um transtorno clínico reduzem o preconceito e ampliam a empatia.
2. Jornalismo responsável
Profissionais de comunicação têm papel crucial: evitar termos pejorativos, dar voz a especialistas e tratar o tema com a seriedade que merece.
3. Apoio familiar e empresarial
Famílias e empresas podem criar espaços de escuta sem julgamento, incentivando a busca por tratamento.
4. Valorização de histórias reais
Relatos de pessoas em recuperação ajudam a mostrar que não é fraqueza, mas sim uma doença que pode ser tratada.
O vício em apostas não deve ser tratado como tabu ou fraqueza moral. É um transtorno sério, com impactos sociais e familiares, que precisa ser enfrentado com informação e acolhimento.
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