Ao entrar para o mundo do jogo, a maioria das pessoas, ou nenhuma delas, possui o desejo de se tornar um dependente, concorda? Mas a verdade é que boa parte dessa população de jogadores vai se deparar com essa realidade mais cedo ou mais tarde. A partir daí, inicia-se a busca por sair vício em apostas e voltar a viver a vida com liberdade.
Superar esse mal está longe de ser um caminho fácil, mas reconhecendo o problema, buscando ajuda e assumindo um compromisso consigo próprio, o dependente pode sair do vício em apostas e retomar a sua vida em todas as áreas.
Reconhecendo o vício
A jornada começa justamente do ponto onde o indivíduo não se enxerga mais como um mero jogador, mas como um dependente de jogos.
“Para sair do vício em apostas é necessário que a pessoa se reconheça como dependente, e não apenas como jogador(a). Isso geralmente vai acontecer apenas quando as consequências dessa dependência já forem visíveis e catastróficas, como os problemas financeiros, de relacionamento e emocionais”.
Isadora Saldanha, psicóloga
Esse reconhecimento, segundo ela, é o que pode ‘virar o jogo’, proporcionando ao dependente chances reais para recuperação, já que há muitos recursos disponíveis para ajudar essas pessoas a saírem do vício em apostas e voltarem a viver uma vida saudável. Por isso, o jogador deve estar atento aos sinais e sintomas do problema:
- isolamento social;
- falta de autocuidado: alimentação errada, não faz mais higiene pessoal e não cuida da aparência. Em alguns casos, os viciados chegam à obesidade;
- tentativas frustradas em parar de jogar e perda de controle sobre o jogo: não regula a frequência, intensidade, duração e valores apostados;
- irritabilidade e inquietação;
- ansiedade;
- depressão;
- preocupação excessiva com o jogo: todas as atitudes, conversas e atividades giram em torno do jogo;
- não encontra prazer em coisas cotidianas, que antes eram prazerosas;
- problemas com sono (insônia ou hipersonia).
Buscando ajuda profissional
Entre os recursos para sair do vício em apostas está a ajuda profissional, que é guiada por um protocolo para o tratamento desse transtorno, e deve ser direcionado tanto para a pessoa com dependência como para a família dela, que desempenha papel importante nessa caminhada.
O protocolo seguido pelos profissionais de saúde mental está ligado à avaliação neuropsicológica – realizada por neurologistas e psiquiatras -, às sessões de psicoterapia, aos grupos de apoio especializados e, até mesmo, ao apoio de um consultor financeiro, já que o vício afeta primeiramente as finanças do indivíduo.
Entrando para grupos de apoio
Os grupos de apoio são peças-chave no processo de livrar-se do vício em apostas. E já que estão incluídos no protocolo de tratamento profissional, eles devem ser realizados por equipes especializadas, mas nada impede que o dependente encontre uma rede de apoio ainda maior: na família, nos amigos, na sua comunidade de fé e no seu ambiente de trabalho, por exemplo.
“Como profissional de saúde mental, eu diria que o apoio familiar é fator essencial durante todo o tratamento da dependência , e, posteriormente, para a prevenção a recaídas”.
Isadora Saldanha, psicóloga
Para que isso aconteça, é importante que o dependente deixe de lado a vergonha, que muitas vezes vem acompanhada ao falar sobre o assunto, e reconheça que também precisa de outras pessoas para sair do vício e se manter longe das apostas.
Encontrando novos hobbies
Como o jogo acaba se tornando uma fonte de prazer ao dependente, é importante substituí-lo por outras atividades, que tragam bem-estar de forma saudável e sustentável, para preencher o vazio deixado por ele. Isso contribui para a liberação de hormônios, como a serotonina e as endorfinas, que promovem uma sensação de felicidade e relaxamento.
Retomar hobbies antigos, como esportes, música, artes, leitura, ou experimentar novas atividades pode ser um caminho eficaz para resgatar essa sensação de satisfação e prazer.
“Quando nos envolvemos em atividades que gostamos, nosso cérebro ativa mecanismos naturais de recompensa, oferecendo feedback e prazer sem os efeitos negativos do vício. Com isso, o caminho para uma vida equilibrada torna-se mais acessível e prazeroso, ajudando a preencher o espaço antes ocupado pela dependência em jogos e fortalecendo o autocontrole e a autoconfiança”.
Isadora Saldanha, psicóloga
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