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O custo invisível do vício em apostas: quem realmente paga essa conta?

O vício em apostas costuma ser visto como um problema individual. Mas a verdade é que seus efeitos vão muito além do jogador. O custo social recai sobre famílias, empresas, sistemas de saúde e até a economia do país. É um peso invisível, mas que já está sendo sentido por todos.

Saúde pública sob pressão

O aumento de casos de dependência em apostas traz consequências diretas para a saúde pública. Procuras por atendimento psicológico, psiquiátrico e emergencial crescem, exigindo mais recursos de um sistema já sobrecarregado.
Estudos internacionais mostram que até 1 em cada 5 jogadores compulsivos relata ideação suicida — um dado alarmante que evidencia a gravidade do problema.

O efeito cascata do endividamento

O jogador não sofre sozinho. Dívidas acumuladas afetam famílias inteiras, que muitas vezes precisam assumir responsabilidades financeiras inesperadas. O reflexo na economia é claro:

  • aumento da inadimplência;
  • queda no consumo familiar;
  • impacto em linhas de crédito e renegociações.

Ou seja, a aposta deixa de ser apenas entretenimento e passa a ser um fator de instabilidade financeira coletiva.

Produtividade em risco

Empresas também pagam essa conta. Funcionários afetados pelo vício em apostas apresentam:

  • absenteísmo frequente;
  • queda de desempenho;
  • maior probabilidade de afastamentos por saúde mental.

Isso se traduz em custos trabalhistas, queda de competitividade e deterioração do clima organizacional.

Por que quase ninguém fala sobre isso?

O estigma ainda faz com que o vício em apostas seja visto como mera “falta de controle”. Essa visão moralista impede que o tema entre de forma robusta nas agendas públicas e empresariais, mantendo invisível um problema que já gera impactos concretos.

O custo social do vício em apostas é real — e todos pagamos por ele. Reconhecer esse impacto é fundamental para que empresas, mídia e sociedade ampliem o debate e avancem em ações preventivas.

 O Instituto Bet Responsável trabalha para dar visibilidade a esses efeitos e apoiar organizações na criação de políticas e iniciativas de acolhimento.